Navegar pelos mares sempre foi algo que atraiu o homem, seja para explorar novos horizontes ou mesmo para usufruir do charme que é uma viagem marítima. Na segunda metade do século 19, o mundo desenvolveu apetite pelas viagens, mais viajar pelo mar não era novidade nenhuma.
O primeiro transatlântico de transporte de pessoas aconteceu em 1819, o navio norte-americano cruzou o Atlântico auxiliado por um motor a vapor. O S. S. Savannah, proveniente da cidade norte-americana homônima, zarpou em 22 de maio de 1819 e aportou em Liverpool, Inglaterra 29 dias mais tarde, dando início a era dos cruzeiros.
No início do século 20 com o crescente número de emigrantes que lotavam os transatlânticos a caminho dos Estados Unidos fez crescer o setor de navios de passageiros. As viagens a aconteciam basicamente em uma direção, entre Inglaterra e Nova York, ainda que passageiros ricos também costumassem viajar entre estes destinos para negócios ou férias.
A britânica White Star Lines construiu a primeira frota mundial de transatlânticos a partir de 1849, revolucionando e dominando esse mercado pelos 60 anos seguintes. Os navios da White Star bateram recordes de tamanho e de luxo, a empresa construiu, entre outros, três grandes transatlânticos conhecidos: os O Olympic, o Britannic e o Titanic.
Com a chegada do avião, e sua rapidez, as pessoas chegavam a seus destinos em uma fração do tempo que a viagem de navio custaria, por isso as linhas de navegação alteraram seu modelo de negócios e se concentraram no turismo. Em 1900, a American-Hamburg Company encomendou a construção do primeiro navio especificamente projetado para cruzeiros.
No Brasil o gosto pelos cruzeiros marítimos demorou um pouco mais a se instalar, em 1961 foram adquiridos quatro navios para prestar serviço de cabotagem entre portos nacionais e incrementar os cruzeiros marítimos. Foram comprados em estaleiros da Espanha e da Iugoslávia e entregues à Companhia Nacional de Navegação Costeira (mais tarde Loyd Brasileiro). Chamavam-se Anna Nery, Rosa da Fonseca, Princesa Leopoldina e Princesa Isabel.
Nos anos que se seguiram a Linea C enviou alguns dos seus mais charmosos transatlânticos para costa brasileira.
Durante quase 30 anos a Linea C, ou seja, a Costa Cruzeiros, dominou este seguimento na costa brasileira e foi líder, tanto em participação de mercado, quanto em participação na mente das pessoas e admiradores. Navios como o saudoso Eugenio C ou Costa Marina, traziam elegância, deslumbre e conforto.
Eram navios modernos e levavam consideráveis vantagens sobre outras companhias que atuavam em navios de pequeno porte no Brasil.
Com o passar dos anos outras empresas do segmento perceberam o potencial deste mercado e as inúmeras oportunidades em investir no mesmo, trazendo ao nosso país navios como Splendour of the Seas, o maior até então a realizar roteiros pela costa brasileira.
Texto de: Verônica Nicoletti
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